Criação de um acervo no sertão de pernambuco
Camyla Raniely Cavalcanti Pereira [1] & Girlene Fábia Segundo Viana [2]
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Introdução
Em qualquer nível ou abordagem que se pretendam, as coleções zoológicas possuem um papel central no que se refere ao estudo da diversidade animal. Tipicamente, coleções zoológicas são conjuntos de animais coletados, geralmente, em ambientes naturais e preparados especialmente para que permaneçam em condições de estudo por centenas de anos. As coleções zoológicas são um acervo de espécimes que funcionam como uma amostra da diversidade existente no mundo real; espécies raras e comuns são igualmente partes dessa amostra, a partir da qual são feitas inferências sobre a real diversidade biológica. [1] A disponibilidade deste tipo de informação é uma oportunidade para que não apenas a comunidade científica, mas a comunidade externa possa conhecer e entender a importância dos nossos ecossistemas aquáticos e sua conservação. [2] O Brasil ganhou a sua primeira coleção científica graças à iniciativa do imperador Dom João VI, que fundou, em 1818, a Casa dos Pássaros, instituição que deu origem ao Museu Nacional do Rio de Janeiro. Posteriormente, em 1866 e 1886, foram criadas as coleções científicas do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, respectivamente. Hoje, estas três instituições abrigam o maior acervo da nossa diversidade biológica. [3] No decorrer do século XX, diversas outras instituições científicas constituíram coleções zoológicas regionais que passaram a formar uma rede com proporções e representatividade ainda mal estimadas. [3] Com a implantação da Unidade Acadêmica em Serra Talhada, tornaram-se viáveis estudos mais aprofundados sobre a fauna bentônica do semiárido nordestino possibilitando a implementação de um acervo permanente nesta localidade.
Material e métodos
A coleção teve início em setembro de 2007, a partir de animais