Criação de animais para conservaçã:
SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
RENATA OZÓRIO IURK
CRIAÇÃO DE ANIMAIS PARA CONSERVAÇÃO:
AVES E MAMÍFEROS EM CATIVEIRO
Ponta Grossa, novembro de 2012.
Introdução
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES
A adequada alimentação e nutrição dos animais silvestres em cativeiro é um grande desafio, e talvez o principal ponto crítico para o sucesso de sua manutenção nos zoológicos.
Ao planejar o manejo dietético de um animal é preciso considerar, além de seus hábitos alimentares, suas necessidades nutricionais, ou seja, quais alimentos o animal está habituado a consumir, e quais nutrientes esse alimento deve fornecer para suprir todas as suas necessidades de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. Deve-se ter em mente, também, que essas necessidades podem variar na dependência de muitos fatores, como o estado fisiológico (crescimento, gestação, postura de ovos, lactação), o estado de saúde (doença, convalescença), a época do ano (inverno), o tipo de alojamento (gaiola, grande recinto) e outros.
Uma dieta inadequada levará a problemas, pela falta de nutrientes ou pelo excesso, causando transtornos como doenças ósseas, doenças neurológicas, doenças do fígado, falhas no empenamento, falhas reprodutivas, obesidade, e até a morte.
Uma dificuldade encontrada ao elaborar dietas para animais silvestres é que não se conhece exatamente as necessidades de cada espécie, e as dietas são baseadas no que se conhece para espécies domésticas próximas e nas observações sobre o comportamento alimentar de animais de vida livre.
Porém, ao estabelecer uma dieta para o animal em cativeiro não basta reproduzir o que se observa na natureza, uma vez que as necessidades energéticas de um animal em vida livre são muito diferentes do que ocorre no zoológico. Se fornecermos ao animal no cativeiro exatamente o mesmo tipo de alimentação que ele consumiria na