CRIAÇÃO DA UPP
A criação e implantação das UPPs nos morros do Rio de Janeiro tornou-se um espetáculo.
Há cerca de quatro anos os moradores do Rio de Janeiro têm se deparado com várias ações da Secretaria de Segurança do Estado em parceria com as polícias Militar, Civil e Federal e também com total apoio do Governo Federal que se dizem ações pacificadoras. A grande realidade é que nada é tão belo quanto pode parecer.
Não é segredo para ninguém, principalmente para moradores de Comunidades pacificadas que as ações da polícia não extinguiram o tráfico, apenas o inibiram. Todos que frequentam esses locais podem se deparar com ações criminosas de tráfico à luz do dia e, ao que parece, com o aval da polícia, que sabe o que acontece e não toma providência alguma para mudar a situação. Isso sem mencionar o fato de que além de não conseguirem prender a grande maioria dos bandidos, ainda os afugentam para comunidades vizinhas.
Vejam bem, não sou contra a pacificação das comunidades, aliás, não sou contra a pacificação alguma. Porém o que acontece é uma supervalorização da prisão de alguns poucos traficantes, que até são tidos como perigosos, para que esqueçam e deixem passar toda a parte que é escondida “por debaixo dos panos” como dizem. Não é de hoje que se têm notícias de que os traficantes estão negociando suas “capturas” pela polícia, mesmo porque todos nós sabemos que eles possuem mordomias dentro da prisão e podem até continuar comandando o tráfico de lá mesmo. Acredito que do ponto de vista do traficante seja melhor ficar recluso por algum tempo do que estar morto.
Isso sem falar da concorrência que apareceu de uns tempos para cá, as chamadas Milícias, cujos seus membros chegaram até a ser comparados com grupos de super-heróis e hoje em dia mostram que são tão contraventores quanto qualquer “Nem” da vida, com um agravante, são pagos para nos proteger e não nos aterrorizar.
Gostaria de acreditar que as UPPs vieram para pacificar o Rio