Criança e adolescentes no mundo do crack
Bebês
Efeitos
Se o consumo de cigarro e o uso de bebidas alcoólicas na gestação comprometem o desenvolvimento dos bebês, a situação é ainda pior quando a substância em questão é o crack. Além do risco de abortos espontâneos e descolamento de placenta, há chances de óbito do bebê logo após o nascimento.
A médica Marina Barros, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que o consumo de crack na gestação provoca maior frequência de recém-nascidos prematuros e de asfixia pós-parto, com a necessidade de maior número de manobras de reanimação.“Malformações congênitas também estão associadas ao consumo de crack durante a gravidez”, afirma.
Segundo ela, são vários os estudos que mostram a associação entre o consumo de crack na gestação e o baixo peso – inferior a 2,5 mil gramas –, além dos bebês apresentarem menores comprimentos e perímetros cefálicos.
“Os filhos de mães usuárias de crack apresentam com maior frequência a hipertensão pulmonar, doença inflamatória do trato gastrintestinal, parada respiratória e síndrome da morte súbita”, alerta Marina.
Comportamento
A médica afirma que bebês de mães usuárias de crack não nascem viciados, mas podem apresentar alterações comportamentais. “Apresentam menor capacidade de controle do estado de sono, maior dificuldade em despertar, maior instabilidade de estado, menor capacidade de habituação a estímulos adversos, menor capacidade de se orientar a estímulos externos, pior comportamento interativo, pior desempenho motor, maior irritabilidade, além de apresentarem mais tremores”, detalha.
Criança e adolescente
Comportamento
Crianças e adolescentes que fazem uso contínuo de crack podem ter o desenvolvimento cerebral comprometido, com impacto direto na capacidade cognitiva, ou seja, na maneira como o cérebro percebe, aprende, pensa e recorda as informações captadas pelos cinco sentidos. Assim, é comum que usuários da droga apresentem