CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO * O título acima é de um documentário do Instituto Alana, com direção de Estela Renner, produção executiva de Marcos Nisti, da Maria Farinha Produções. O documentário traz uma reflexão muito pertinente para os dias atuais, quando pais e filhos se encontram (quando se encontram!), nas pontas do dia, ou seja, ao acordar e talvez ao chegar em casa para dormir, e as crianças são deixadas em casa, sendo alvo covarde da publicidade que bombardeia suas mentes com objetos de múltiplos desejos, já seja através da internet ou da televisão. O documentário mostra questões tais como “Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem quatro anos? Por que meu filho sofre tanto quando não tem o último modelo de celular? Por que eu não consigo dizer não? Ele pede, eu compro e mesmo assim meu filho continua infeliz. De onde vem este desejo incessante de consumo?” A revista GÔNDOLA, veículo oficial da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), na sua edição de setembro de 2011, traz um excelente artigo de Sandra Mara: UM PEQUENO CONSUMIDOR GIGANTE, que responde a estas questões formuladas pelo documentário, principalmente no que se relaciona ao comportamento das crianças, que vem “influenciando em 80% as decisões de compra de uma família, e não só em produtos infantis, mas carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, e quase tudo dentro de casa ..” Com base nos dados da pesquisa da InterScience Brasil realizado na Argentina, Brasil, Chile, Guatemala e México, que entrevistou mães e filhos, Sandra Mara, avalia o poder das crianças: “Para se ter uma idéia do tamanho deste público, os dados do Censo de 2010 mostram que existem 33 milhões de crianças com até nove anos no País. Nas últimas décadas, a taxa de natalidade diminuiu de