Crestamento bacteriano
O agente etiológico do crestamento bacteriano é Pseudomonas savastanoi pv. Glycinea. O Crestamento Bacteriano (Pseudomonas savastanoi pv. glycinea) é uma doença comum em folhas, mas pode ser encontrada atacando outros órgãos da planta, como hastes, pecíolos e vagens. Os sintomas nas folhas surgem como pequenas manchas, de aparência translúcida, circundadas por um halo de coloração amarelada. Essas manchas, mais tarde, necrosam, com contornos aproximadamente angulares, e podem aglutinar-se, formando extensas áreas de tecido morto, dispostas entre as nervuras secundárias. Freqüentemente, apresentam halos amarelados circundando as áreas necrosadas. A maior ou menor largura do halo está diretamente ligada à temperatura ambiente; largo sob temperaturas amenas ou estreito ou quase inexistente sob temperaturas mais altas.
A observação das manchas pela face inferior da folha (face abaxial) permite fazer determinações geralmente exatas da presença desta bactéria; as manchas são de coloração quase negra e apresentam, nas horas úmidas da manhã, uma película brilhante que é formada pelo exudato da bactéria. Infecções severas, nos estádios jovens da planta, conferem aparência enrugada às folhas, como se houvessem sido infectadas por vírus. A diferença é que as lesões são aquosas, semi-transparentes e apresentam exudato (superfície brilhante) na face inferior da folha.
A bactéria penetra na planta pelos estômatos ou através de ferimentos. A infecção primária pode ter origem em duas fontes; sementes infectadas e restos da cultura da soja anterior. No primeiro caso, as sementes não apresentam sintomas aparentes da presença da bactéria; os cotilédones provenientes dessas sementes podem apresentar lesões necrosadas, a partir das bordas, logo após a emergência. A infecção evolui através das folhas unifolioladas para as trifolioladas. No segundo caso, os restos de cultura servem como fonte inicial do inóculo, que pode passar para as folhas primarias e