CRESCIMENTO FEMININO NA CARREIRA CIENTÍFICA UMA BARREIRA A SER SUPERADA
Por muito tempo o campo das mulheres na sociedade era o espaço doméstico o ‘da dona de casa’ que tinha a responsabilidade da educação dos filhos e gerir a economia doméstica, essa denominação se dava tanto para as mulheres burguesas quanto para as operárias. A mulher era subordinada ao marido e vivia para a família, muitas vezes reprimida era tida como mero objeto. O trabalho era claramente divido, o homem como sendo chefe da casa trabalhava fora e a mulher apenas nos afazeres domésticos. Mesmo na era pré-industrial (HOBSBAWM, 1988 apud ALVES, 2013, p. 276) explica que os agricultores, os mestres artesãos, os pequenos lojistas precisavam do trabalho das esposas para criar os filhos e ajudar nos negócios. As mulheres viviam presas a esse duplo trabalho e gozavam de uma condição de inferioridade e desigualdade em relação à posição social do homem, já evidenciando uma dada divisão sexual do trabalho. O discurso que vigorava era de que a qualidade do homem era o cérebro, ou seja, a inteligência, a razão, a capacidade de decisão enquanto que às mulheres eram regidas pelo coração, sentimentos.
As mulheres tiveram que enfrentar muitos obstáculos até chegarem à posição atual, tendo seus direitos reconhecidos e conquistando seu espaço social, cultural, profissional, político e avanços na igualdade de direitos, mas ainda há muito que precisa ser feito. As revoluções das mulheres obteve destaque e teve efeitos em longo prazo. Essa revolução tem transformado gradativa e radicalmente as condições de vida das mulheres e tem causado impactos em todos os demais setores da vida social em todas as sociedades atuais, notadamente no universo familiar; tem questionado poderes, tradições, estilos e costumes subvertendo pseudoverdades que resistiram ao longo dos séculos e que se sustentavam sobre mitos convenientes à perpetuação do domínio masculino (BEAUVOIR, 1967; BOURDIEU, 1998; STEARNS, 2007 apud FREITAS,