Crenças e paradigmas
Cada um de nós tem a tendência de pensar que vê as coisas como elas são, objetivamente. Mas não é bem assim. Vemos o mundo, não como ele é, mas como nós somos - ou seja, como fomos condicionados a vê-lo. Assim também, quando abrimos a boca para descrever o que vemos, na verdade descrevemos a nós mesmos, nossas percepções e paradigmas. E se nesse ínterim, as outras pessoas discordam de nós, imediatamente achamos que há algo errado com elas. No entanto, pessoas sinceras, com a cabeça no lugar, podem ver as coisas de modo diferente, cada uma delas olhando o mundo através das lentes específicas de sua própria experiência. Os paradigmas são elementos poderosos, pois se constituem nas lentes pelas quais vemos o mundo. Quanto mais nos conscientizamos de nossos paradigmas, mapas, pressupostos básicos, e do quanto somos influenciados por nossas experiências, mais responsabilidades podemos assumir por estes paradigmas, mais podemos examiná-los, testá-los em confronto com a realidade, ouvir a opinião dos outros e nos abrirmos para os conceitos alheios, obtendo dessa maneira um quadro mais amplo e uma visão mais objetiva. O paradigma social atualmente aceito nos diz que nosso condicionamento e condição determinam em larga medida o que somos. Apesar de reconhecermos o imenso poder do condicionamento em nossas vidas, dizer que ele determina o que somos e que não temos controle algum sobre esta influência cria uma situação radicalmente diferente.
“Aprender o novo paradigma de hoje - e se preparar para aprender um novo paradigma amanhã” - James A. Belasco
Antes de continuarmos, vamos falar um pouco sobre as três teorias de determinismo amplamente aceitas. O determinismo genético - atribui a "culpa" a seus antepassados, que suas características são passadas de uma