Crash
“Por um lado, aqueles que se opõem ao uso do conceito de “raça” pelas ciências sociais, fazem-no porque considera essa noção tão impregnada de ideologias opressivas que o seu uso não poderia ter outra serventia senão perpetuar e reificar as justificativas naturalistas para as desigualdades entre os grupos humanos.” P. 19 P. 20
2. AS DIVERSAS DEFINIÇÕES DE RAÇAS
“ Antes de adquirir qualquer conotação biológica, “raça” significou, por muito tempo, “ um grupo ou categoria de pessoas conectadas por uma origem comum” (Banton, 1996: 264), como ensina o Dictonary of race and ethnic relations.” P. 21
“ Essas conclusões significam que diferenças fenotípicas entre indivíduos e grupos humanos, assim como diferenças intelectuais, morais e culturais , não podem ser atribuídas, diretamente, a diferenças biológicas, mas devem ser creditadas a construções socioculturais e a condicionantes ambientais.” P. 22
“ Depois da guerra, portanto, para ser coerente com a genética pós-darwiniana, alguns cientistas sociais passaram a considerar “raça” “um grupo de pessoas que, numa dada sociedade, é socialmente definido como diferente de outros grupos em virtude de certas diferenças físicas reais ou putativas” (Berge, 1970:10)”
“ Ou seja, os grupos raciais são os que se julgam ter uma base genética ou outra base determinante.” P. 23
“ Os grupos étnicos são os que se supõem ter um comportamento susceptível de mudar (Rex, 1988:35).”
“Os grupos raciais seriam, desse modo, um tipo particular de grupos étnicos, nos quais a ideia de “raça” originou uma certa etnicidade ou , sendo esta preexistente, sedimentou-a.” P. 24
“ Os cientistas sociais que acreditam na especificidade do conhecimento dos fatores culturais- considerados, antes de tudo, construções mentais, intelectuais e ideológicas, com impactos reais