Crack
Em São Paulo, com “profissionais do sexo” usuárias de crack constatou que essas mulheres, na maioria, são jovens, mães, com baixa escolaridade, vivem com familiares ou parceiros e são sustentadas por elas mesmas. A maior parte trocava sexo por crack diariamente (de um a cinco parceiros por dia), não escolhia o parceiro nem o tipo de sexo, tampouco exigia o uso de camisinha. Outro estudo sobre mulheres trabalhadoras do sexo em Santos mostrou a associação entre o consumo de crack, uso de cocaína injetável e positividade para o HIV. Também em São Paulo, foi realizado um estudo de seguimento de cinco anos de 131 pacientes que estiveram internados. Entre eles, 18% morreram no período estudado, a maioria homens de menos de 30 anos, solteiros, com baixa escolaridade. A taxa de mortalidade anual (2,5%) era sete vezes maior do que a da população geral da cidade. As causas externas foram responsáveis por 69,6% das mortes, sendo 56,6% por homicídio, 8,7% por overdose e 4,3% por afogamento. Entre as causas naturais (não externas), 26,1% foram por HIV/AIDS e 4,3% por hepatite B.
O medo é justificável a disseminação do comércio e do consumo do crack na sociedade é um fenômeno incontestável, atingindo tanto a população urbana quanto a rural ,indistintamente,envolvendo homens e mulheres,jovens e adultos,pobres e ricos. O uso ilícito de drogas, principalmente o CRACK, nos últimos anos tem aumentado num ritmo alarmante e tem ultrapassado todas as fronteiras sociais, econômicas, políticas e nacionais. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, dentre eles: a falta de informação sobre os perigos a longo e curto prazo do consumo abusivo das drogas ilícitas, assim como o caráter limitado das ações preventivas. A pouca efetividade nas estratégias governamentais, que garantam uma verdadeira intervenção na prevenção e no combate ao uso de drogas, faz com que “Cracolandias” surjam e se espalhem pela cidade de forma gritante e preocupante. Sabemos que para