Cozinha ribatejana
O Ribatejo faz fronteira a Noroeste com a Beira Litoral, a Oeste e a Sul com a Estremadura, a Sudeste com o Alto Alentejo e a Norte e Nordeste com a Beira Interior.
É constituído por 21 concelhos, integrando quase a totalidade do distrito de Santarém, e ainda dois concelhos do distrito de Lisboa e um do distrito de Portalegre. Tem a sua sede na cidade de Santarém.
A gastronomia do Ribatejo é rica e variada. Desde a deliciosa sopa de pedra, que só por si vale uma refeição, aos pratos característicos da culinária da beira-Tejo: caldeirada à pescador, fataça na telha, torricado com bacalhau e tantos outros. Nas carnes a selecção também é grande e vai do cabrito frito ou assado à cachola e aos molhinhos de porco. Nos doces há muito para se deliciar, arrepiados, celestes, bolinhos de pinhão, tijeladas, trouxas de ovos e tantos outros. Ribatejo, terra de lezírias e touros, muito ligada aos rios Tejo e Zêzere. Nas pequenas aldeias ribeirinhas a tradição gastronómica ainda é preservada, sendo muito utilizado o sável, a savelha e a fataça, nas suas épocas. No dia a dia os linguadinhos e as solhas, de boa fritura, acompanham com óptimas açordas. E não faltam as enguias, também fritas, em ensopado ou caldeirada e de escabeche. Daquilo que vem do mar utiliza-se principalmente o bacalhau, que aqui é tratado com verdadeiro culto. Aparecendo nos petiscos e nas entradas, simplesmente esfiado com cebola e azeite - a punhetinha da ordem - com grão e coentros ou em pataniscas, é nos pratos tradicionais que atinge grande nível, em pratos que fazem já parte da história do nosso receituário popular: bacalhau à lagareiro, bacalhau com torricado, tiborna de bacalhau, molhona de bacalhau e bacalhau com magusto.
A carne de porco é obrigatória, com enchidos muito bons, em óptimas feijoadas e na famosa sopa de pedra. O coelho também é muito utilizado, na brasa, frito, com feijão, assado no forno com lombarda e o expoente máximo que é o coelho na abóbora, na região