Coutinho resenha
Segundo Coutinho, a Gramática Histórica é aquela que estuda uma língua pelo seu desenvolvimento, desde seu início até os dias atuais, considerando todas as transformações pelas quais essa língua passou, como ela se estruturou e sua evolução através do tempo e espaço. Portanto, seu objeto de estudo é muito mais amplo que o da Gramática Expositiva, Descritiva ou Prática, já que esta se ocupa de uma língua no seu estado atual.
A Gramática Expositiva apresenta como utilizar os elementos, como as sílabas se compõem, se juntam e se acentuam; a Descritiva, como o próprio nome diz, descreve todos os elementos de uma língua em um dado momento em qualquer variante e em todos os níveis e, por fim, Prática, de acordo com o uso culto e formal da língua. Ainda que haja a ressalva da Gramática Histórica ser teoricamente mais abrangente e, consequentemente, mais importante que a Gramática Expositiva, Descritiva ou Prática, deve-se levar em conta que elas se completam.
A Gramática Histórica está subordinada à Glotologia, que é uma ciência que estuda a origem e desenvolvimento da linguagem. Embora alguns autores julguem que a origem da linguagem está fora do âmbito da Glotologia – opinião sustentada por Trombetti, Jespersen e Wilbur Marshall, Coutinho considera que há uma evolução do idioma de acordo com as tendências naturais que trazem resultados de acordo com os hábitos glóticos de determinado povo.
O autor diz que Literatura é um conjunto de obras reproduzidas pelo espírito humano por meio das palavras e que ela é dividida em dois tipos: culta e popular ou folclórica. Na Literatura popular, Coutinho diz que se extravasa a alma ingênua da nacionalidade – o que é, na realidade, um conceito de época - pois se compreende que o que o belo é o culto e a cultura é formal. Tal