Cotidiano
Subo monte, desço monte. serra azul, água calada. são como os passos da lua;
Que é a imagem da minha vida: por dentro de bosques. por cima de pedras.
Os meus passos no caminho no meio do vale. não vejo o que passa perto, minha alma é a sombra da tua.
Meus pés vão pisando a terra meu peito é puro deserto.
Mas a tarde é minha.
Mas a tarde é minha.
Mas a fonte é minha.
Mas a estrela é minha.
Eu ando sozinha
Eu ando sozinha
Eu ando sozinha
Eu ando sozinha estrada depois de estrada.
De tanto olhar para longe,
Cerca de flores, palmeiras,
Canção da tarde no campo
Caminho do campo verde ao longo da noite.
Nino, por que você está sempre tão sério e cabisbaixo?
Nino quer um amigo
Nino vivia triste. Ele se sentia sozinho. Ninguém queria ser amigo dele.
Pobre Nino.
Um dia, na praia, ele ficou esperançoso de encontrar um amigo.
- Ah, um menino. Quem sabe..., e tentou chegar perto dele.
Mas o menino virou para o lado, cavou um buraco.
E ainda jogou areia no Nino.
Coitado dele.
Outro dia, na escola, ele tentou puxar conversa com uma colega de turma. Olhou para a menina, que era toda sardenta, uma graça. Esboçou um sorriso e tentou puxar assunto.
Mas estava tão acostumado a ficar calado e sério que as palavras demoraram a sair de sua boca.
A menina bonitinha desistiu de esperar que ele dissesse alguma coisa. Virou-se de costas e foi brincar com uma amiga.
Tadinho do Nino.
Nem os animais pareciam querer ser seus amigos.
Uma tarde, Nino viu um menino com um cão passeando na praça.
Ficou com vontade de agradar o cachorro, mas ficou com medo de que ele mordesse.
Fez um agrado bem tímido.
O cão nem aí para ele.
Que pena, Nino.
Até que um dia, ele tinha desistido de procurar.
Pensando em por que, quanto mais tentava encontrar um amigo, mais sozinho se sentia...
Ficou distraído,