Informatica
A AVALIAÇÃO: UMA PRÁTICA COMPLETA
Os problemas educativos e as práticas são, por sua própria natureza humana e comunicativa, de extraordinária complexidade. Toda ação educativa está sempre sujeita a inúmeras variáveis que condicionam: pensar que na prática pedagógica se podem estabelecer e isolar variáveis independentes que, mediante manipulação ou intervenção produzirão efeitos pretendidos de antemão nos alunos, é ignorar que, em toda prática educativa, intervêm elementos que não podemos controlar e muito menos uniformizar. Por mais que tentemos dar uniformidade aos resultados escolares mediante a apresentação quantitativa, sempre haverá, atrás de cada número, uma pessoa que se desenvolve, amadurece e aprende singularmente. Precisamos criar e recriar teorias que expliquem a complexidade dos problemas educacionais, mas ainda dispomos de poucos conceitos válidos e poucas propostas racionais que permitam dar uma resposta concreta à situação em que se encontram nossas escolas. A complexidade dos problemas educativos não deriva somente da singularidade das pessoas e dos contextos, mas também da diversidade dos efeitos. Outro aspecto importante da complexidade dos fatos educativos é sua natureza ética e moral. A avaliação é uma complexa e de importante carga moral, caráter que se faz mais presente pelo fato de que podem atribuir causas não verificadas aos dados que contém catalogar eticamente os alunos e induzi-los a processos de amadurecimento pessoal.
A AVALIAÇÃO: UMA PRÁTICA DE PODER.
Indagar-se sobre a possibilidade de uma avaliação democrática significaria também compreender onde se origina o poder de avaliar, quem o distribui, como se consome e quais são os fatores que determinam esse consumo; por isso, a avaliação também é uma prática contraditória: sob uma roupagem formativa e educativa, o que encontramos na prática é o desenvolvimento de uma simples função