Cosmética
mais recente onda de cosméticos é baseada em investigação científica avançada, que inclui o uso de biotecnologia e nanotecnologia, as tecnologias-chave do século XXI, com enorme potencial de inovação e crescimento. Note-se que um dos principais incentivos para investigação na área da Cosmética, advém do facto de, ao contrário dos medicamentos, os produtos cosméticos não necessitarem de ensaios clínicos, para testar eficácia, o que, por sua vez, no caso de empresas de biotecnologia ou nanotecnologia, gera uma fonte de rendimento para financiar a investigação básica.1
Como consequência desta crescente aplicação da ciência à cosmética, a linha entre a investigação cosmética e médica tem-se desvanecido e tem criado uma situação complexa na área da regulamentação.1 De acordo com a FDA, o que determina a classificação de um produto como cosmético, medicamento ou ambos, é o uso pretendido, sendo competência das agências reguladoras decidir se um produto, apesar das suas declarações é um cosmético, ou se deve ser classificado como medicamento dado o seu efeito terapêutico.1,2
NANOTECNOLOGIA
A Nanotecnologia e os nanomateriais podem ser encontrados em diversos cosméticos como: hidratantes, cremes anti-envelhecimento, produtos capilares, produtos de maquilhagem e protectores solares.3 Em 2006, a Comissão Europeia estimava que 5% de todos os cosméticos comercializados contivessem nanopartículas.4
Actualmente existem duas grandes aplicações da nanotecnologia na Cosmética. A primeira relaciona-se com a utilização de nanopartículas como filtros UV, dos quais se destacam o uso de TiO2 e ZnO (pelas marcas: Boots, Avon, The Body Shop, L’Oréal, Nivea e a Unilever). É de referir que existem outras nanopartículas em desenvolvimento, como um co-polímero de acrilato de estireno e o TINOSORB®UV (pela Ciba Specialialty Chemicals).4,5
A segunda aplicação relaciona-se com diferentes delivery systems obtidos por nanotecnologia, tais como, lipossomas e niossomas, NLC