Cosan
O GRUPO COSAN EM QUESTÃO: FORMAÇÃO, EXPANSÃO E REPRODUÇÃO DO CAPITAL CANAVIEIRO NO INTERIOR PAULISTA
Hansi Miller Quintino Leal1 RESUMO O presente artigo tem por objetivo discutir de forma concisa e sistematizada a formação de um dos maiores grupos capitalistas do setor sucro-alcooleiro: o Grupo Cosan. Desta forma, evidenciaremos a trajetória da família Ometto, família esta tradicional do setor canavieiro fundadora deste grupo, bem como a expansão territorial de suas unidades de produção pelo interior paulista. Desta maneira, observando pela ótica do capital, veremos que a expansão de suas unidades de produção não se faz de forma linear, mas a partir das próprias contradições do mercado capitalista e a concorrência entre os grupos usineiros, como por exemplo, a associação do capital do Grupo Cosan ao capital estrangeiro. Esta expansão de usinas do Grupo Cosan pelo interior do Estado de São Paulo nos dá a idéia do controle do território pelo capital canavieiro bem como a monopolização das áreas produtoras de cana-de-açúcar. No entanto, a expansão das unidades produtoras nas diversas regiões paulistas nos remete a pensar em uma máxima eficiência da estrutura corporativa em prol da reprodução do capital. A Formação Corporativo-Territorial do Grupo Cosan A história do Grupo Cosan, hoje se encontra no patamar de ser um dos grandes líderes empresariais mundiais do setor sucro-alcooleiro com grande competitividade em território brasileiro quanto no exterior. Com o advento da internacionalização de sua produção de açúcar e álcool nos anos 90, teve sua origem nos anos de 1936 quando a família Ometto fundou a Usina Costa Pinto no interior de São Paulo, na cidade de Piracicaba. Durante aproximadamente cinco décadas, a empresa concentrava suas capacidade de produção nesta única usina, mas, no entanto, a partir dos anos 80 deu
Geógrafo e professor de Geografia