Cortiços

EN 2133 Habitação e Assentamentos Humanos

Trabalho da discplina Habitação e Assentamentos Humanos:
CORTIÇOS

Santo André, SP

Sumário

Cortiços O surgimento de cortiços na região central da cidade de São Paulo remota importantes eventos históricos no país. Com a abolição dos escravos e a chegada de imigrantes na capital paulista, a cidade sofre sua primeira crise habitacional. Com isso, estima-se que os primeiros núcleos de cortiços nos bairros centrais tenham surgido a partir de 1870, nos bairros da Sé, Santa Efigênia, Bela Vista e nos bairros operários Brás e Mooca (Bianchini & Schicchi, 2009). Ao ser atingida por um surto de varíola em 1885, intensifica-se a visão dos cortiços como difusores de doenças na cidade São Paulo. Tanto que a administração pública – por influência higienista - decretada o Código Sanitário de 1896, o qual evidencia a intenção de eliminar os cortiços da cidade. As habitações coletivas aceitas pelo código deveriam atingir determinadas regras de higiene, saúde e limpeza (Souza, 2011).
No entanto, o Código Sanitário não foi o primeiro mecanismo a proibir os cortiços legalmente. O Código de Posturas da Cidade de São Paulo, publicado em 1886, versa sobre a proibição dos cortiços nas áreas comerciais e os regulamentariza nos bairros residenciais.
Sete anos depois, o “Relatório da Comissão de Exame e Inspeccção das Habitações Operárias e Cortiços no Distrito da Santa Ephigenia” caracterizou os cortiços da época. A seguir, trechos do mesmo:
O cortiço occupa commumente uma área no interior do quarteirão (...).
Raramente cada casinha tem mais de 3 metros de largura, 5 e 6 de fundo e altura de 3 a 3,50, com uma capacidade para 4 pessoas, quando muito.
Entre nós os cortiços se caracterisam: 1º pela má qualidade e improbidade das construcções; 2º pela falta de capacidade e má distribuição dos aposentos, quasi sempre sem luz e sem necessária ventilação, 3º