Corrupção
Nos últimos vinte anos a economia brasileira evoluiu em itens importantes, como o controle da inflação a partir de 1994. No entanto, Permanece o desafio principal de atingir um nível de crescimento mais robusto e sustentado. De importador de petróleo no passado, o Brasil se vê hoje próximo da auto-suficiência. A dívida pública externa caiu substancialmente, nos tornamos até exportadores de aviões, aliviando em parte o problema da vulnerabilidade externa. No entanto, isso não solucionou as contradições de termos um país de concentração de renda altíssima Tornamo-nos quase que imbatíveis no agronegócio, da agricultura e de pecuária. Mas o sucesso é sustentável ambientalmente? Ao mesmo tempo em que criamos multinacionais brasileiras de sucesso, as pequenas e médias empresas são sufocadas pelas condições adversas da economia interna e a crescente concorrência internacional. Esse é um país de contrastes. Este texto, longe de pretender esgotar todos os pontos, faz um breve balanço dos últimos anos e propõe o esboço de uma estratégia de desenvolvimento para o país. Mais do que nunca é preciso pensar o desenvolvimento na sua acepção mais ampla, que proporcione não apenas a melhora de indicadores em relação ao passado, mas também crie as condições para aumentar a qualidade de vida do povo brasileiro. Uma melhora que não apenas advenha de ajuda social, mas também de educação, saúde, saneamento e condições de emprego.
Do milagre brasileiro à estagnação
A economia brasileira experimentou um longo período de crescimento expressivo do PIB (Produto Interno Bruto). O Brasil cresceu respaldado pelo boom da economia mundial, os "trinta anos gloriosos", após a Conferência de Bretton Woods de 1944, que definiu a ordem econômica mundial. O ciclo longo de crescimento acelerado durou no Brasil de 1946 até 1979, período em que a economia cresceu em média 7% ao ano. O período pós anos 1980 — que duraria até