Corrosão em estacas metálicas
Introdução
A atual norma brasileira de Projeto e Execução de Fundações está em processo de revisão.
A NBR 6122 estabelece a redução de 1,5 mm da espessura do perfil, em todo o seu perímetro. Como conseqüência, as estacas devem ser dimensionadas com uma área útil menor do que as especificadas nos catálogos dos seus fabricantes.
Segundo a NBR 6122 as fundações profundas devem ser dimensionadas para trabalhar com fator de segurança com relação à ruptura maior ou igual a 2. Pode-se trabalhar com fator de segurança de 1,6 desde que seja executada uma prova de carga prévia nas estacas antes do detalhamento do projeto de fundações. O valor dessa carga de ensaio será definido na NBR 6122, onde está em discussão, e dependerá, inclusive, da quantidade de provas de carga a serem realizadas, mas sempre será um valor inferior ao valor da carga de trabalho.
Justificativas e Objetivos
Este trabalho levanta a discussão sobre o problema da corrosão em estacas metálicas de aço enterradas em solos naturais, com o objetivo de fornecer subsídios à Comissão Técnica encarregada de rever o atual texto da Norma NBR 6122/96.
A espessura metálica adicional recomendada pela NBR 6122/96 não encontra paralelo nos códigos de diversos países, como por exemplo, os Estados Unidos e os países que compõe a comunidade européia. O valor adotado no Brasil (1,5 mm por face em contato com o solo) tem sido considerado, por vários especialistas, conservador. Estudos brasileiros recentes sobre os efeitos da corrosão sobre o tempo de vida das estacas metálicas mostram o conservadorismo da atual norma e confirmaram os resultados obtidos no exterior.
O valor que está sendo sugerido através desse trabalho é que a perda estrutural de uma estaca cravada no solo pode ser considerada como de 0,6 mm para uma vida útil de 50 anos.
Foram analisadas estacas metálicas de aço utilizadas como fundações