A corrosão é a deterioração de materiais, especialmente metálicos, pela ação do meio ambiente ou de agentes corrosivos, levando à perda de suas propriedades, desgaste e alterações estruturais. Os alimentos básicos da corrosão são o oxigênio e a água. Os principais meios corrosivos são a atmosfera (devido à umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeiras, etc), águas doces (sais, resíduos industriais, poluentes, gases dissolvidos), água do mar (grande concentração de sais) e produtos químicos. Um navio é construído de um material que é basicamente ferro e, portanto, muito sensível aos fenômenos de corrosão. Além disso, ele está imerso em água marinha e envolto na atmosfera marinha, ambos os meios extremamente agressivos. Na água do mar, a salinidade, temperatura, contaminação e sedimentos e incrustações biológicas são fatores que incidem na atividade corrosiva. Estima-se que 3,5% do PIB de países industrializados são gastos no reparo de corrosões, e 25% desse valor poderia ser economizado se fossem aplicadas as técnicas de proteção de forma correta. A pintura é o método mais barato e apropriado para a proteção contra a corrosão e utiliza-se de três mecanismos fundamentais: - Barreira física: consiste em uma película impermeável entre o substrato e o meio corrosivo; - Proteção anódica: consiste em pigmentos de inibição anódica, ou seja, na presença de água ou oxigênio que por acaso atravessem a camada de tinta, fornecem substâncias inibidoras e formam junto ao metal uma camada de óxido de ferro que impede a passagem de íons do metal; - Proteção catódica: consiste em pigmentos de metais numa posição inferior ao ferro na série eletroquímica, normalmente o Zinco. O zinco é, então, sacrificado para que o ferro não sofra a corrosão. A pintura naval tem como objetivo não só reduzir os níveis de corrosão, mas também de desacelerar a reposição de materiais, aumentar a vida útil dos navios, manter condições operativas e seguras e reduzir custos de manutenção.