correntes literarias
O Classicismo foi consequência do Renascimento, importante movimento de renovação científica e cultural ocorrido na Europa que marca o nascimento da Idade Moderna.
A base do Renascimento encontra-se no crescimento gradativo da burguesia comercial e das actividades económicas entre as cidades europeias, o que acabou estimulando a vida urbana e as manifestações artísticas, que passaram a ser patrocinadas por ricos comerciantes (mecenato). O aperfeiçoamento da imprensa possibilitou uma maior difusão de ideias novas, contribuindo para o enriquecimento do ambiente cultural. As grandes navegações alargaram a visão de mundo do europeu, que entrou em contacto com culturas diferentes. A matemática se desenvolveu, bem como o estudo das línguas, surgindo as primeiras gramáticas de língua portuguesa.
Todo esse contexto fez nascer uma visão antropocêntrica de mundo. Ou seja, o homem é visto como centro do universo. O cristianismo continua imperando, mas o homem renascentista já não é tão angustiado com as questões religiosas como o era o homem medieval.
Dois movimentos religiosos que marcaram o século XVI tiveram grande repercussão social e cultural: a Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero (1483-1546); e a Contra-Reforma, movimento de reacção da Igreja Romana
Os artistas – pintores, escultores, arquitectos – inspiravam-se nas obras dos antigos gregos e romanos, que se transformaram em modelos. Por isso mesmo, dizia-se que a gloriosa arte antiga estava renascendo.
Classicismo em Portugal
O marco inicial do Classicismo português é em 1527, quando se dá o retorno do escritor Sá de Miranda de uma viagem feita à Itália, de onde trouxe as ideias de renovação literária e as novas formas de composição poética, como o soneto. O período encerra em 1580, ano da morte de Luís Vaz de Camões e do domínio espanhol sobre Portugal.
Classicismo Literário
Os escritores classicistas retomaram a ideia de que a arte deve fundamentar-se na razão, que controla