Corpos Marcados
CORPOS MARCADOS: MÍDIA OU MODISMO?
Luciléa Ferreira Gandra
Larissa Roberta Fernandes Ortega
Edinelsow Ribeiro de Queiroz
Olivia Rotta
Carina Michele Roque da Silva
Curso: Licenciatura Letras
Polo: Lafaiete
Orientador: Luis Cláudio Dallier
RESUMO
O presente trabalho teve sua origem numa indagação sobre a natureza e o significado das frequentes modificações corporais que vemos nos dias de hoje, em especial as tatuagens. Nessa procura, trilhamos diversos caminhos e enfoques, procurando reter os conceitos de Linguagem, tanto da Linguística como da Semiótica, além de adentrarmos em seu aspecto psicanalítico.
Palavras-chave: Linguagem, Corpo, Identidade, Tatuagem.
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INTRODUÇÃO
Podemos imaginar que as tatuagens sejam tão antigas quanto a civilização já que, em alguns dados arqueológicos, encontramos citações que evidenciam sua existência, em múmias do Egito, há mais de 2.500 a.C. e também entre os nativos da
Polinésia, é conhecida a sua prática nos ritos de passagem e eventos religiosos, simbolizando status, coragem e poder. Apesar dos diferentes significados e motivações, a verdade é que as tatuagens sempre estiveram presentes em diferentes momentos e partes do mundo.
No Ocidente,, onde as marcações estéticas do corpo tinham sido banidas pela religião judaico-cristã, ressurgiram a partir de 1970, chegando, nos dias de hoje, a uma enorme quantidade de modificações corporais. É evidente que a volta das tatuagens, até então circunscrita a alguns círculos como marinheiros e presidiários, e também por isso carregadas de um forte componente anti-social, acabou por desencadear polêmica em diversos âmbitos pois se na atualidade essa prática é vista por alguns como um grito de liberdade, um ato de afirmação do pleno direito ao próprio corpo, para outros, as tatuagens relembram rituais de exclusão política e social (RAMOS, 2006, XV).
É claro que os corpos marcados de hoje, por atos de vontade, diferem muito das tatuagens de