Corpos de passagem e a relação com a sociedade de consumo
Marcos Martins Meireles
Daiane Miranda²
A história do Corpo perpassa por uma serie de questões, as quais vão além da idéia simplista de corpo como unidade de espaço limitado e estático. O corpo se mostra como espaço com fronteira imposta pelas tradições e o moralismo que ao longo do tempo vão sendo superada e explicitamente explorada.
A fronteira das distancias agora é vencida, pela velocidade dos corpos que se dispõe através da inteligência e as conquistas produzidas pelas experimentações. Assim como as descobertas de novos espaços e exterioridades são mobilizadas pelas condições interiores.
O mesmo ocorre na relação corpo-espaço sobre a relutância de tornar as formas e atitudes no viés da aero dinâmica, com isso desaparece a naturalidade do envelhecimento do corpo e se ambiciona limitar a morte, propondo para este corpo uma vida eterna.Nessa perspectiva, a exploração territorial do corpo e a vida são desvendadas pela ciência e a biotecnologia.
As enfermidades do corpo diante da instituição de saúde restringe a subjetividade do individuo, que é identificada por fragmentos do corpo. A máquina é parte fundamental da cura em uma intima relação com as habilidades de partes do corpo de quem o conduz a cirurgia.
A liberdade da expressão do corpo não se entende como vantagens em aceitar a velocidade de locomoção. O corpo e o espaço na relação de trabalho residem em situações que os tornam invisíveis e resultam em constrangimentos. Nesse sentido, ao tempo que o corpo faz aquisição de direitos sente-se cobrado a ser fotogênico e civilizado.
É pertinente salientar que essas situações conduzem o corpo para um rompimento com os limites e o desenvolvimento da vida,no entanto isso veio atrelado a conseqüências. Mas qual a gênese que envolve todas essas questões? O que está por traz da metamorfose do corpo? Quais as conseqüências para o ser humano e para o planeta?Onde reside o perigo?E qual a prescrição