Fichamento sobre a ditadura da beleza.
Faculdade de Comunicação e Artes
Jornalismo – 4º período
Teorias Sociais Contemporâneas
Euclides Guimarães
Fichamento para o trabalho sobre a ditadura da beleza.
Embasamento: VAZ, Paulo. Consumo e risco: mídia e experiência do corpo na atualidade. Comunicação, Mídia e Consumo. São Paulo, 1999.
O texto de Paulo Vaz se refere à experiência subjetiva de cuidado do corpo com a sociedade. A análise do cuidado é estratégica. Determina um contexto histórico à experiência ao situar o corpo como nó de múltiplos investimentos e inquietações sociais. Inversamente, a descrição de uma mudança no cuidado permite estipular características decisivas da sociedade contemporânea. No deslocamento das inquietações e investimentos, na gênese de nossa forma de cuidado de si, emerge a produção de subjetividade contemporânea. A mídia tem um papel central na divulgação de informações sobre os riscos aos quais estamos expostos. Paulo Vaz, em seu estudo sobre corpo e risco, observa o papel da mídia como legitimadora dos perigos contemporâneos e divulga os resultados de uma pesquisa que mostra que 40% das chamadas de primeira página em jornais americanos dizem respeito à gestão do cotidiano, tendo em vista os hábitos de vida e os riscos que se corre. Tais riscos, na sociedade contemporânea, se estendem além das preocupações com a saúde e nosso corpo se vê ameaçado também pelos perigos inerentes à vida no meio urbano. O suposto aumento da criminalidade e dos crimes violentos nas metrópoles é um fator de risco que exige dos cidadãos medidas de segurança adicionais. Desde o final do século XX até os dias de hoje, houve uma mudança na experiência que temos de nossos corpos. Vistas por dois ângulos, essas transformações podem se enquadrar em dois pontos: as novas tecnologias biomédicas e de comunicação, e a sua nova relação com o mercado. Durante muito tempo, a questão ética orientou a relação dos seres humanos com o seu