Corpo em movimento
TIRIBA, Lea. Proposta pedagogia, ano XVIII Boletim 04- Abril de 2008, TV Escola.
TEXTO: O corpo na escola
RESENHADO POR: Renata Cristina Cruz Tavares, estudante do curso de pedagogia do 4º período, na Universidade Estácio de Sá.
O objetivo desta série é de debater e questionar uma lógica de funcionamento escolar ainda orientada pelo pressuposto de que “Penso, logo existo”, que inspira e define ainda nos dias de hoje, propostas pedagógicas e rotinas escolares. A autora Léa Tiriba, tem em seu discurso uma provocação à mudança. Um texto questionador sobre o tema pouco trabalhado por nossos educadores é tão comum nas escolas brasileiras, estar voltada para processos de transmissão e apropriação de conhecimentos, que necessita de mentes atentas e corpos paralisados. Pois não é necessário mais do que atenção mental para observar, refletir e compreender as regras de uma realidade que é entendida como racionalmente organizada.
Em consequência, fica em segundo plano tudo que extrapola esta dimensão: as brincadeiras, as sensações corporais, Mas isto não é só: a reprodução deste modo de funcionamento se faz com o controle do corpo.
Denominada por Foucault (1987) como instituição de sequestro, a escola e outras instituições, visavam controlar não apenas o tempo dos indivíduos, mas também seus corpos, extraindo deles o máximo de tempo e de forças. De maneira discreta, mas permanente, as formas de organização espacial e os regimes disciplinares conjugam controle de movimentos e de horários, rituais de higiene, regularização da alimentação, etc.“é dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado” (Foucault, 1987, p.118). A função social da escola vem sendo a de ensinar às novas gerações a lógica sob a qual o sistema capitalista-urbano-industrial-patriarcal se estrutura.
Isto explica que o objetivo fundamental do trabalho escolar seja o de desenvolver plenamente em