coronealismo no Brasil
LEAL,Vitor Nunes. Coronelismo, enxada e voto. 6° ed. São Paulo: Editora Alfa-Omega, p.(19-57),1993. Antonio Meilson Nascimento Souza
O texto de Leal Vitor Nunes, aborda detalhadamente como um fenômeno tão complexo, o “Coronelismo” deixou marcas no cenário político brasileiro, que até os dias atuais é possível encontrar características da política coronelista.
O coronelismo, fenômeno característico do interior Brasil que na concepção do autor, Victor Nunes Leal, afirma que esse fenômeno é, sobretudo, um compromisso, uma troca de proveitos entre o poder público, fortalecido e a decadente influencia social dos chefes locais, notadamente dos senhores de terras. Não é possível, pois, compreender o fenômeno sem referência á nossa estrutura agrária, que fornece a base de sustentação das manifestações de poder privado ainda tão visível no interior do Brasil.
Para melhor entender o desdobramentos do sistema coronelista é importante conhecer a origem desse vocábulo “coronelismo”, que foi introduzido no Brasil há muito tempo, ou seja, []é um jeito brasileiro usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início nos munícipios, onde o poder privado aumenta em relação ao poder público. [] Uma vez que [as raízes do Coronelismo provêm da tradição patriarcal brasileira, quando foi criada em 1831 a Guarda Nacional pelo governo imperial, as milícias e ordenanças foram extintas e substituídas pela nova corporação. A Guarda Nacional passou a defender a integridade do império e o comprimento da lei. Como os quadros da corporação eram nomeados pelo governo central ou pelos presidentes de província, iniciou-se um longo processo de tráfico de influências e corrupção política. O Brasil se baseava estruturalmente na oligarquia, esses líderes, ou seja, os grandes proprietários de terra e oligarcas começaram a financiar campanhas políticas de seus afilhados,