cor no design de interiores
PROF: ANELISE DA RIVA
O LEGADO HISTÓRICO
O homem inicia a conquista da cor ao iniciar a própria conquista da condição humana.
As diferenças de coloração entre os frutos ou animais, entre o clarão de um raio e o da labareda de uma chama já é um longo caminho percorrido no aprendizado utilitário, no trato com a natureza, na luta pela preservação da espécie.
A vontade humana de reproduzir a coloração dos seres e das coisas assinala o começo de uma história que se prolonga até aos nossos dias. Numa ação de caráter predatória, tal como a da caça ou da coleta de frutos, ele utiliza os elementos minerais, da flora e da fauna, para colorir e ornamentar o próprio corpo, seus utensílios, armas e as paredes das cavernas.
Esta ação primária tem em si, o princípio de uma industria química, quando tritura flores, sementes, elementos orgânicos e terras corantes, com a finalidade de colorir. A observação o leva a utilizar matérias calcinadas para tingir de preto as áreas desejadas. A queima de certos corpos, por opção em relação a outros, para obter um preto mais intenso, já revela uma elevação do nível técnico e determinado grau de espírito cientifico. Até hoje o preto usado pelos pintores é produzido da mesma forma, pela calcinação de matérias orgânicas. Esta química complica-se e especializa-se quando deliberamente ele busca nos óleos animais, vegetais ou minerais o meio de fixar esses corantes.
Num acúmulo permanente de conhecimentos, enriquece-se sua subjetividade e a cor contribuirá para abrilhantar-lhe os atos religiosos, comemorativos, guerreiros e fúnebres. Como elementos úteis à ação social, surgirão os primeiros códigos cromáticos dando a cada cor um significado. Assim como varia o código oral dos povos primitivos, também as cores terão variada significação em povos e épocas diferentes, guardando por vezes certa analogia.
O domínio progressivo da forma (traço, desenho) não está desligado dos conhecimentos gerais herdados ao longo de