Coporeidade: o corpo como objeto de consumo
O trabalho aprofunda-se mais em como o corpo é considerado um objeto de consumo. Neste sentido, buscam-se compreender os cuidados com a forma, volume e apresentação dos corpos para a mídia. O corpo perfeito vem acarretando distúrbios psicofísicos nas populações contemporâneas, por que a preocupação com a corporeidade, sua imagem e forma de apresentação cada vez ocupam um espaço maior dentre as preocupações dos indivíduos. Dos assuntos contidos no trabalho apontaremos como o corpo vem se tornando um objeto de consumo desde a antiguidade até os dias de hoje, e os distúrbios causados por essa preocupação com o corpo.
O CORPO NA ANTIGUIDADE Desde o inicio da humanidade, os atributos físicos do homem já eram necessários para sua sobrevivência, pois era preciso correr, saltar, lançar, nadar, entre outras movimentações corporais, para se obter alimentação, segurança e moradia. Com a modernização o corpo humano foi passando por evoluções. Há representações de corpo nas diferentes culturas e momentos históricos, dos primatas que agiam automaticamente/por impulso, ao corpo tratado por maquinização, até chegar ao corpo como objeto de consumo. Começando pelos primatas, o corpo essencialmente pelo predomínio da linguagem gestual como principal meio de expressão e por sua interação com a natureza. Seguido pelo cristianismo, o corpo era dado como significado de sexualidade, onde tudo que se fazia contra a imagem corporal era pecado, assim sendo o corpo foi dividido em corpo (origem do pecado) e mente (divindade). Na sequência o período renascentista foi marcado pela transição da crença pela ciência, onde tudo era guiado pelo método científico como única forma de conhecimento, assim o corpo passou a ser objeto de estudo. Com a revolução industrial, o corpo valorizado era o corpo-máquina, representado pelo corpo apto para o trabalho, disciplinado e dócil (SANTOS; GOMES, 2008). A divisão