Copia
Um esqueleto leve como alumínio. Resistente como aço. E quatro vezes mais forte que o concreto. Somos um espetacular produto de engenharia. Por dentro. E por fora.
No centro de tudo, o coração. É a nossa sala de máquinas. Bombeia sangue através de 96 mil quilômetros de veias. E repete a operação 40 milhões de vezes ao ano. E o mais espantoso: somos sete bilhões de exemplares. Únicos: nenhum igual ao outro.
No Globo Repórter, vamos mergulhar no organismo mais complexo do planeta. E nessa viagem teremos a ajuda até de um engolidor de espadas.
A partir do momento em que nasceu, o menininho respira, mama e engole. Pode tossir, espirrar, piscar e cheirar.
Logo que se acostumar ao novo ambiente, poderá ouvir tudo o que se passa. Sua visão é fraca - mas ele reconhece a voz da mãe. E seu cérebro - com 100 bilhões de neurônios - vai dobrar de tamanho no primeiro ano de vida.
O primeiro choro é um marco: a partir deste momento, a laringe do bebê - ou caixa vocal - se tornará uma das partes mais ocupadas do seu corpo.
“A voz é uma característica única de todos nós”, explica o doutor Michael Benninger.
E ela começa na laringe. A laringe de um adulto é filmada com uma câmera especial por dentro da traqueia. O ar que sai dos pulmões passa por ela, vibrando as cordas vocais. Esse som é amplificado pela garganta. E moldado em palavras pela língua e pelos lábios.
“Se você observar os cantores, verá que eles mudam de intensidade rapidamente. Podem alterar a altura. A sonoridade. Não existe instrumento que possa fazer o mesmo", diz o médico.
E a laringe também nos ajuda a respirar e protege os pulmões de corpos estranhos que entrem através da boca. Vivemos num mundo hostil. E os sofisticados sistemas de defesa do nosso corpo são levados ao limite. Quando respiramos. Quando comemos. Somos