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Com capacidade para 45.240 pessoas, estádio de Marrakech é vergonha para políticos e gestores brasileiros.
Escrevi este post na sala de imprensa do Le Gran Stade Marrakech, depois percorrê-lo por fora e por dentro. Uma beleza de obra, que custou R$ 290 milhões, R$ 36 milhões mais barato que a reforma da Arena da Baixada, em Curitiba, o estádio que está levando menos dinheiro público nos preparativos para a Copa de 2014.
É revoltante a comparação de uma obra dessas aqui no Marrocos com os absurdos gastos nos palcos dos jogos do Mundial ano que vem, que superaram, em volume, os investimentos em estradas, aeroportos, portos e mobilidade urbana, que seriam o grande “legado” para a população brasileira. Os motivos da diferença de custos ficam claros na simplicidade do projeto, nos materiais empregados na construção e acabamento. Nada de luxo, mas tudo muito confortável e prático, oferecendo as melhores condições para jogadores, público, dirigentes e imprensa.
A Arena Pantanal-MT, está custando R$ 570 milhões, mesmo depois do Ministério Público do Mato Grosso brecar a compra superfaturada das cadeiras: a unidade lá estava custando R$ 436,8 enquanto o governo de Brasilia pagava R$ 175 pelo mesmo produto, do mesmo fornecedor.
O MP só agiu porque viu a denúncia em um jornal paulista, e há sérios questionamentos ao valor dessa mesma cadeira, pago pelo suspeito governo do Distrito Federal, que está gastando R$ 1,4 bilhão com o novo Mané Garrincha.
Vale lembrar que o estádio de Cuiabá é sério concorrente ao de Manaus (R$ 666,5 milhões) e ao de Natal (R$ 400 milhões) a maior elefante franco do pós-Copa.
Este estádio de Marrakech tem tribunas e sala de imprensa “padrão Fifa”, porém muito melhores e mais práticas que as do Mineirão, por exemplo. O “nosso” estádio custou R$ 695 milhões, “apenas” R$ 405 milhões a mais que o dos marroquinos. Os vestiários são enormes, elogiados pelos jogadores do Paris