Mesmo antes do maior evento do ano começar, o Brasil já vivenciava uma série de manifestações, críticas e acusações tanto no âmbito econômico quanto no político. Mesmo com os consideráveis retornos por meio de investimento em infraestrutura, o principal questionamento passa a ser em que medida a Copa irá afetar a economia e a política brasileiras após a finalização do evento e, ainda mais, qual será o efeito direto nas eleições presidenciais deste ano? A presente análise, portanto, tem o objetivo de analisar o modo como a política econômica brasileira, em tempos de eleição, será afetada pelos efeitos do mundial. Desde meados de 2013 surgiram no país uma série de manifestações reivindicando melhorias no transporte e na educação, além de uma maior transparência nos gastos públicos, principalmente no que tange aos investimentos realizados para o campeonato de 2014. Esses crescentes protestos foram considerados os maiores desde a ditadura militar, com fim em 1985. Os protestos com maior visibilidade aconteceram nas cidades que hoje são sedes das partidas de futebol. Nesse sentido, essa mistura de questionamentos e indignações acerca do sistema econômico e político brasileiros apresentam uma intensa preocupação para os candidatos à presidência no Brasil em 2014. A despeito das inúmeras críticas à realização da Copa no Brasil e do temor de que um verdadeiro caos fosse verificado durante a organização da competição no país, o sucesso do evento, que se desenvolveu sem maiores sobressaltos e chegou a surpreender positivamente os turistas estrangeiros, superou o pessimismo difundindo por vários segmentos da sociedade, especialmente pelos veículos da grande imprensa nacional. Se, antes do pontapé inicial, pesquisas apontavam que menos da metade dos entrevistados apoiava o torneio, às vésperas das semifinais da competição, esse quadro se reverteu, com a maioria dos pesquisados aprovando a realização do evento.
Antes da Copa, houve casos, por exemplo, de revistas