Copa do Mundo 2014
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O mega evento futebolístico produziu o dobro de emissões de carbono que na África do Sul 2010, mas também introduziu notáveis avanços ecológicos
Um voo comercial da Alemanha ao Rio de Janeiro para ver a final da Copa do Mundo deste domingo e depois voltar para a Europa gerará o equivalente a um milhão de quilos de dióxido de carbono. Um único voo de 300 passageiros.
Imaginem as emissões que geraram não apenas os milhares de voos para, de e dentro do Brasil, mais os milhões de deslocamentos terrestres entre as 12 sedes da Copa para viver ao vivo a emoção do campeonato de futebol.
O cálculo já foi feito: o Mundial 2014 gerará 2,72 milhões de toneladas de CO2, quase o dobro do 1,62 milhão de toneladas do campeonato da África do Sul há quatro anos e três vezes mais do que na Alemanha em 2006.
As estimativas são da própria FIFA, que aponta que mais de 80% das emissões desta edição serão produto das viagens por terra dos milhões de visitantes por toda a geografia brasileira. Tudo isto sem contar a demanda de energia produzida por milhões de televisões ligadas para ver a atuação das principais figuras do futebol mundial.
Isto equivale à contaminação gerada por 534.000 veículos e circulação durante um ano, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
As autoridades destacaram, no entanto, que apesar desta Copa ter sido a mais poluidora da história, também foi a mais sustentável. Estabeleceu "um precedente na gestão ambiental dos grandes eventos esportivos", segundo afirmou na quinta-feira a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
A funcionária ressaltou o novo design mais ecológico dos novos estádios, alguns construídos ou modernizados com tecnologias para aproveitar a água da chuva, a luz solar, as fontes renováveis de energia e a iluminação de baixo consumo energético, entre outras.
Meio ambiente ve espetáculo
Com cada vitória ou derrota das últimas