Copa do mundo 2014
Quem diz que o Mundial brasileiro será um fracasso não entende o Brasil
Sheila Mello, do É o Tchan, deve ascensão social ao traseiro (crédito: Arquivo) ampliar Tamanho da letra
Alberto Carlos Almeida* postado em 20/04/2012 17:40 h atualizado em 20/04/2012 18:09 h
É interessante ver como pessoas inteligentes afirmam hoje que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil será um fracasso. O Brasil é o país do futebol. Como uma Copa do Mundo poderá ser um fracasso no país do futebol? O raciocínio é tão simples quanto óbvio: será que essas pessoas não se deram conta que é impossível que uma Copa do Mundo fracasse justamente no país do futebol?
Há pouco tempo, o secretário- geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jerome Valcke, deu um show de preconceito ao afirmar que o Brasil tinha que levar um chute no traseiro porque não estaria cuidando adequadamente dos preparativos para a Copa. Duvido que Valcke compreenda o Brasil. Exatamente por isso a afirmação foi inteiramente preconceituosa. Bem fez o Senado ao não querer recebê-lo, bem fez o senador Roberto Requião ao afirmar que os senadores não queriam conversar com o "porteiro" da Fifa. É preciso deixar claro para esses europeus preconceituosos que eles precisam compreender a diferença, que precisam entender que nem todos no mundo são europeus, muito menos nós, brasileiros.
Poderíamos também ser preconceituosos contra a Europa. Poderíamos afirmar: vamos dar um chute no traseiro da Europa, para eles aprenderem a não mergulhar em crises econômicas tal qual vivem hoje com, por exemplo, 50% de desemprego entre os jovens espanhóis. Vamos dar um chute no traseiro da Europa para que ela aprenda a não ter governos tão gastadores, com déficits públicos insustentáveis. Poderíamos ainda dar um chute no traseiro da Europa retroativamente, por conta das duas guerras mundiais e pelo extermínio de mais de seis milhões de judeus. Nada disso, não iremos fazer isso porque