copa do mundo 1958
Com uma nova organização tática e dois gênios no ataque, Pelé e Garrincha, o Brasil derrotou a Suécia por 5 a 2 na final disputada no Estádio Rasunda e se tornou o primeiro país a erguer a taça em outro continente. Mas os brasileiros não foram os únicos heróis do torneio. Artilheiro do Mundial com 13 gols em seis jogos, o atacante francês Just Fontaine estabeleceu um recorde que permanece até hoje, e ainda ajudou seu país a conquistar a terceira colocação. Nada mal para um jogador que só foi escalado devido à lesão do titular René Bliard.
Sob o comando do técnico Vicente Feola, a seleção brasileira não tinha deixado pedra sobre pedra durante a preparação para o desafio de finalmente chegar ao topo do mundo. Após três meses de treinamento intensivo, os brasileiros excursionaram pela Europa antes de chegarem à Suécia com uma grande delegação, da qual fazia parte até mesmo um psicólogo. Feola montou um inovador sistema 4-2-4, mas só escalou Pelé e Garrincha na última partida da fase de grupos, contra a União Soviética. Com Pelé fazendo companhia a Vavá no ataque e Garrincha atuando pelo flanco, o Brasil venceu os soviéticos por 2 a 0 e garantiu a primeira colocação.
A anfitriã Suécia chegou à final fortalecida pela decisão de permitir que jogadores profissionais atuassem pela seleção nacional. A medida possibilitou o retorno de atletas que jogavam na Itália, sobretudo de Gunnar Gren e Nils Liedholm, astros do grupo que havia conquistado o Torneio Olímpico de Futebol de 1948, e do jovem atacante Kurt Hamrin. No entanto, a preparação dos suecos não havia sido nada comparada à do Brasil. Bengt Gustavsson, por exemplo, outro jogador do contingente italiano — o mesmo que levaria um chapéu de Pelé na