Controle do Hipertireoidismo
Antônio Fiel Cruz Júnior
Míriam Hideco Takahashi
Cláudio Cordeiro Albino
Universidade Estadual de
Londrina, PR.
Tratamento Clínico Com Drogas
Antitireoidianas ou Dose Terapêutica de
Iodo-131 no Controle do Hipertireoidismo na Doença de Graves: Avaliação dos
Custos e Benefícios
RESUMO
Com o objetivo de avaliar os custos e a efetividade das 2 formas de tratamento mais utilizadas em nosso meio para a Doença de Graves, iodo radioativo e tratamento clínico prolongado, analisamos pacientes submetidos a essas terapias na região de Maringá, PR. Foram estudados 23 pacientes, 7 homens e 16 mulheres, com idade média de 35,4 anos, submetidos ao tratamento clínico, e 34 pacientes, 5 homens e 29 mulheres, com idade média de 39,4 anos, submetidos à dose terapêutica com iodeto de sódio (iodo-131). Após 2 anos de tratamento clínico com tiamazol (Tapazol®), 21 pacientes atingiram o eutireoidismo e dois permaneceram hipertireóideos. No grupo da dose terapêutica com iodeto de sódio (iodo-131), 21 pacientes evoluíram para o hipotireoidismo, enquanto que 13 atingiram o eutireoidismo. Para o cálculo do custo de cada modalidade de tratamento, analisamos o número de consultas necessárias durante o seguimento, exames complementares solicitados e medicações utilizadas, como tiamazol e/ou tiroxina. O grupo submetido ao tratamento clínico necessitou de maior número de consultas e exames, sendo que o custo médio foi de R$ 1.345,81 neste período de dois anos, enquanto que no grupo com iodeto de sódio (iodo-131) o valor médio foi de R$ 622,94. Assim, os custos da dose terapêutica com iodeto de sódio (iodo-131) foram 53,7% menores do que o tratamento clínico com drogas antitireoidianas. Este trabalho demonstra que o tratamento com dose terapêutica com iodeto de sódio (iodo-131) apresenta um menor custo, sendo bastante efetivo no controle do hipertireoidismo na doença de Graves. (Arq Bras Endocrinol Metab 2006;50/6:1096-1101)
Descritores: Doença de