Controle de Qualidade de Alopáticos Manipulados

Orlistat Manipulado

O orlistat é um medicamento utilizado no tratamento da obesidade e excesso de peso. Ele possibilita a passagem direta de até 30% da gordura sem que sofra ação da lipólise (enzima que quebra o lipídeo e assim possibilita sua absorção), sendo assim o mecanismo de ação é a inibição da lipase intestinal. Seu efeito adverso mais comum são as evacuações gordurosas e/ou oleosas.
Durante a visita a farmácia magistral de manipulação foi possível aprender um pouco sobre a manipulação do fármaco Orlistat. Assim que ele chega a farmácia de manipulação ele fica em quarentena (em uma área externa a sala do controle de qualidade e da sala de “aprovados”). Quando o controle de qualidade vai realizar a análise do Orlistat a primeira coisa a se fazer é observar os parâmetros físico-químicos que o laboratório de origem descreveu no laudo técnico e assim fazer a contraprova desse laudo, antes de enviar o fármaco para o setor de aprovados.
O primeiro quesito a ser analisado é conferir através da etiqueta da embalagem se o fármaco realmente é o orlistat. Feito isso, abre-se a embalagem principal (já que o produto vem em duas embalagens) e faz a checagem organoléptica (termo utilizado para características dos sentidos como checar: cheiro, cor, textura, odor...) que do fármaco em questão era um pó de coloração branca. Essa análise é realizada em todas as embalagens, porém a análise físico-química é feita somente com parte do conteúdo de uma das embalagens de um mesmo lote.
Após isso, a pesagem é feita (sendo desconsiderado o peso da embalagem). Depois da conferência do peso, é retirada uma pequena amostra para o restante da análise.
O ponto de fusão é realizado em um aparelho de ponto de fusão com ajuda de um capilar (absorve o pó ate +/- 5mm do capilar). A temperatura no aparelho é ajustada e quando chega a uma margem de -5oC da temperatura do ponto de fusão do laudo do laboratório, o capilar é introduzido no aparelho e é observado se o pó modifica do estado