Controle de Organismos em Águas de Abastecimento
1. INTRODUÇÃO É sempre bom lembrar que controlar microrganismos não significa necessariamente eliminação. Dependendo do uso que se dará a determinada água, a presença de microrganismos pode ser desejável. Por exemplo, na piscicultura, os microrganismos são fonte de alimento para os peixes. De qualquer forma, para fins de abastecimento de água potável, é necessário que se restrinja a presença de microrganismos, a fim de manter-se um padrão de qualidade da água.
O desenvolvimento dos microrganismos se encontra limitado pelas condições do ambiente. Se fatores promotores de crescimento de determinado microrganismo são adicionados ao ambiente, aumenta a quantidade deste organismo, quebrando-se o equilíbrio biológico local.
Existem duas formas de se controlar o crescimento desordenado de organismos:
Controle Preventivo: redução dos nutrientes e demais elementos indispensáveis aos microrganismos
Controle Corretivo: aplicação de substâncias inibidoras, geralmente tóxicas.
2. CONTROLE PREVENTIVO Os organismos que causam problemas ao abastecimento são de dois grupos: os que foram introduzidos no manancial por meio de despejos humanos e os naturais do próprio manancial.
Organismos patogênicos
Uma vez que estes não proliferam naturalmente na água, seu controle é preventivo, evitando-se a introdução de despejos não tratados no manancial.
A possibilidade da presença de organismos patogênicos em uma água é determinada, indiretamente, através do índice de coliformes, pois sendo os organismos desse tipo característicos da presença de fezes humanas, sua presença na água é reveladora da provável existência de microrganismos intestinais patogênicos, tais como bactérias, vírus, protozoários, vermes.
A portaria 2914/2011 estabelece que uma água para ser distribuída não pode apresentar qualquer coliforme total.
Números perigosos de coliformes em águas decorrem do duplo uso do manancial, usado tanto para captação de