CONTROLE DA SECREÇÃO DA ALDOSTERONA
27/11/2012 12:55:00
Como a ação da aldosterona é basicamente nos rins, é esperado que o principal estímulo para sua secreção venha dos rins. A percepção de uma menor pressão de filtração pelas células do aparelho justaglomerular nos rins leva a secreção de uma proteína proteolítica chamada renina. Estas células do aparato justaglomerular são células modificadas na parede das arteríolas aferentes e são na verdade uma espécie de baroreceptor. Outros estímulos para a secreção de renina são alterações na concentração de sódio e cloreto, percebidos pela mácula densa, e estímulo simpático via enervação aferente no aparelho justaglomerular. Uma vez secretada, a renina, atua sobre o angiotensinogênio hepático, clivando-o em um pequeno peptídeo, a angiotensina I (decapeptídeo – 10 resíduos de aminoácidos). Ao longo de todo endotélio, mas principalmente no endotélio pulmonar, a angiotensina I é clivada a angiotensina II (octapeptídeo – 8 resíduos de aminoácidos) pela enzima conversora de angiotensina (ECA). A ECA é um dos principais alvos farmacológicos no controle da hipertensão através da inibição de sua atividade com drogas como o enalapril e benazepril.
A angiotensina II apresenta diversas funções fisiológicas, todas com o objetivo de aumentar o volume hídrico corporal e a concentração de sódio. O nome deste hormônio, fala muito sobre sua ação. A angiotensina II é uma dos vasoconstritores mais potentes conhecidos (angio = vaso, tensina = tensor), e provoca uma forte vasoconstrição das arteríolas aferentes. Além disso, a angiotensina II também é um potente dipsinogênico, promovendo a busca por água e sensação de sede, além de estimular a secreção do ADH. Contudo seu principal efeito é de estimular a síntese e secreção de aldosterona pela zona glomerulosa do córtex adrenal. A aldosterona então irá aumentar a reabsorção de sódio, e atuar sinergicamente com o ADH e angiotensina II no sentido