Contribuições de freud na psicopatologia
No início do século XX, Freud, abriu um espaço fértil para o desenvolvimento de novos conhecimentos no campo da psicopatologia da infância. Qual a importância dos estudos de Freud na compreensão da ansiedade e da depressão na infância e adolescência?
O Transtorno Depressivo Infantil é um transtorno do humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir com seu processo de maturidade psicológica e social. São diferentes as manifestações da depressão infantil e dos adultos, possivelmente devido ao processo de desenvolvimento que existem na infância e adolescência.
Embora na maioria das crianças a sintomatologia da depressão seja atípica, alguns podem apresentar sintomas clássicos. Na criança e adolescente a depressão, em sua forma atípica, esconde verdadeiros sentimentos depressivos sob uma máscara de irritabilidade, de agressividade, hiperatividade e rebeldia. As crianças mais novas, devido à falta de habilidade para uma comunicação que demonstre seu verdadeiro estado emocional, também manifestam a depressão atípica, notadamente com hiperatividade.
A depressão é um problema muito comum no mundo atual, porém as tentativas de se estudar a depressão infantil surgiram desde o início do século XIX. No entanto, as primeiras tendências de conceituação de depressão em crianças foram realizadas segundo um enfoque psicanalítico, que conceitua a depressão como perda de um objeto amado, que conduziria a sentimentos de culpa e melancolia.
Freud estudando sobre a diferença entre o sofrimento e a depressão revelou que, no sofrimento, o mundo se torna vazio e empobrecido, não há uma queda na autoestima e a perda é consciente, é uma perda real. Na melancolia, o processo é inverso: há uma redução na autoestima, à perda é inconsciente e é o próprio ego do indivíduo que se esvazia e empobrece, havendo um sentimento de culpa. Assim, Freud traça um paralelo entre luto e melancolia, no qual melancolia é uma reação à perda