As usinas de pelotização produzem diversos tipos de pelotas de mine-rio de ferro, as quais devem atender às diferentes especificações exigidas pe-los clientes. Muitos fatores podem favorecer a degradação das pelotas, tais como a longa distância entre as usinas e as movimentações entre os pátios de estoca-gem para o carregamento e descarregamento dos navios. Por isso, a qualidade da pelota produzida deve ser superior à da pelota embarcada.Dependendo da composição química, das propriedades físicas e das características metalúrgi-cas, as pelotas podem ser de dois tipos:Pelotas de alto-forno, utilizadas na pro-dução do ferro gusa;Pelotas de redução direta, utilizadas na produção do ferro esponja. As pelotas de minério de ferro que alimentam os reatores de redução di-reta têm composição diferente das que alimentam os altos-fornos, principal-mente o teor de sílica (SiO2).As pelotas de alto-forno apresentam propriedades básicas isto é, maior basicidade binária, que é dada pela relação CaO/SiO2, e as pelotas deredução direta apresentam propriedades ácidas (menor basicida-de binária). Em geral, os dois tipos de pelotas devem apresentar as seguintes pro-priedades: distribuição uniforme de tamanho (na faixa de 10 a 15 mm de dia-metro) para que os gases possam fluir em contra-corrente com o leito formado, pois materiais muito finos podem prejudicar a permeabilidade, impedindo a pa-ssagem dos gases e, consequentemente, gerando caminhos preferenciais den-tro do forno.Grande concentração de ferro (maior que 63%); composição mine-ralógica uniforme (hematita ou magnetita); porosidade na faixa de 22 a 30%; baixa sensibilidade à abrasão; resistência mecânica adequada; baixa susce-tibilidade ao inchamento; manutenção das características mecânicas mesmo em atmosferas fortemente redutoras.