Contraceção cirurgica

Contraceção cirúrgica:
Em que consiste?
Os métodos contracetivos cirúrgicos são métodos definitivos que envolvem uma cirurgia ao sistema reprodutor. Têm como objetivo impedir que os gâmetas entrem nas vias genitais, impossibilitando um possível contacto entre o esperma e o ovulo (fecundação) e consequentemente a gravidez, isto é, os métodos cirúrgicos interrompem a passagem pelas trompas de Falópio na mulher e pelos canais deferentes no homem.
Tratando-se de métodos potencialmente irreversíveis, de acordo com a legislação portuguesa, a esterilização voluntária só pode ser feia por maiores de 25 anos.
Laqueação de trompas ou tubária:
Consiste na interrupção da continuidade das trompas de Falópio, impedindo a migração dos espermatozoides em direção ao óvulo e em consequência, a fecundação.
Embora, o método de laqueação tubária seja o mais eficaz, a sua efetividade não é de 100%, no entanto possuí grau de eficácia bastante elevado (cerca de 0,5 a 1,8 gravidezes por ano em cada 100 mulheres). Apesar da eficácia, verificam-se taxas de arrependimento de 2 a 13%, principalmente em mulheres que foram submetidas à cirurgia antes dos 30 anos, solteiras ou em união conjugal recente, sem filhos ou quando o procedimento é realizado logo após o parto.
Vantagens:
- Método seguro e muito eficaz;
- Eficácia mais precoce;
- Não tem ação sobre a produção de hormonas femininas;
- Não interfere nas relações sexuais ou no prazer sexual;
- Não interfere com a amamentação;
- Sem efeitos secundários relevantes.

Desvantagens:
- Método dificilmente reversível(1);
- Método dispendioso;
- Método invasivo(2) com algumas complicações cirúrgicas(3);
- Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis;
- Em raras situações, pode ocorreu uma gravidez ectópica(4);

(1) A laqueação tubária pode ser reversível, dependendo do método utilizado. Cerca de 70% das mulheres realizam a cirurgia de reversão, no entanto o seu sucesso não é certo (aproximadamente 20% de