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O foco narrativo no conto D. José não era
De Murilo Rubião

Vou tratar nesse trabalho o foco narrativo existente no conto D. José não era de Murilo Rubião. Neste conto vemos uma cidade em pânico por conta de uma explosão repentina, os moradores, ficaram mais tranquilos com a explicação que não era apenas uma explosão e sim: D. José estaria matando a esposa à dinamite. Após a acusação feita a D. José, o conto toma a forma de inquérito, mas a cada passo da investigação vão descobrindo que D. José não havia matado sua esposa, o que aconteceu foi que houve uma explosão mas por fogos de artificios. Só que a população persistia, em dizer ou acusar que ele não teria matado mas que ainda iria matar. Com isso D. José acabou se suicidando. Após ter morrido houve uma grande comoção, ate as autoridades queriam fazer uma homenagem para aquele homem, dizendo que D. do nome dele era um titulo de nobreza querendo fazer ate uma estatua, Dom José seria um nobre espanhol. Mas o narrador esclarece: trata-se da última mentira, D. José era um pobre-diabo chamado Danilo José Rodrigues. O título do conto induz o leitor a ler o D. como Dom desde o início. Em que pese a advertência implícita no uso incomum do verbo ser no modo intransitivo, o leitor participa da armadilha da memória: Dom José imortalizado por aquilo que nunca foi.
O conto é narrado na 1ª pessoa do singular, por um narrador-personagem, que se coloca como o escritor. E o foco narrativo na primeira pessoa.Foco narrativo é a forma que o narrador relata o discurso.
Foco narrativo, “designa aquele que narra a história num conto, novela ou romance. O estudo do foco narrativo esclarece o leitor a respeito do ponto de vista a partir do qual é feita a narração pão. Quando o narrador é uma das personagens, dizemos que o foco narrativo é em primeira pessoa; quando não é uma das personagens, estando, portanto, fora da história, dizemos que o foco narrativo é em terceira pessoa”. existem três tipos de focos narrativos