Conto
Clarice Lispector;( escritora brasileira)
Nasceu a 10 de dezembro em 1920, na Ucrânia;
Faleceu a 9 de dezembro de 1977, com 57 anos;( devido a cancro)
Suas principais obras são:
"Perto do coração selvagem" (1944),
"Laços de família" (1960),
"A maçã no escuro" (1961),
"A legião estrangeira" (1964),
"A paixão segundo G.H." (1964),
"Felicidade clandestina" (1971),
Reconto oral
Relativamente a este conto, a narradora utiliza ao longo deste, o recurso à primeira pessoa para contar uma história da sua própria infância.
Durante esta, tinha uma colega cujo o pai era dono de uma livraria, como esta não tinhas grandes posses e a sua paixão por livros era grande, decidia pedir emprestado livros que a sua colega nem lia. Esta vivia inconscientemente pensando ser inferior às outras, principalmente à narradora.
Por isso como uma forma de vingança, compromete-se a emprestar um livro de que a narradora estava desejosa de ler e esta até passou a sonhar com este, porém sempre que a mesma ia busca-lo a colega inventava uma desculpa para não lhe entregar o livro.
Diariamente, Clarice ia a casa da sua colega, com o objectivo de trazer o livro, tal como combinado, o que fez com que um dia, a mãe desta, interrogasse a sua presença. Posto isso, esta ordenou a entrega do livro à narradora podendo estar com o mesmo por tempo ilimitado e assim o fez.
A pequena sonhadora vai então lendo o livro aos poucos, como se não quisesse chegar ao fim, como quem não deseja gastar a felicidade. E esta deixava o livro escondido para que sempre que ela o encontrasse sentisse a felicidade, o que faz com que este sentimento se torne algo clandestino.