Conto sem amor
O que ela não viu foi a autossuficiência dele, o que ele não viu foi a insegurança dela.
Ela rejeitava cada passo torto que ele dava, ela rejeitava cada história contada, ela rejeitava cada caminho errado, mas algo a prendia a ele, a vontade de esquecer um passado que não teve inicio nem fim. E, por isso, sorriu todas as vezes que se perdiam.
Depois de uma noite que se lembra dum terço, e de um envolvimento que jamais teve com outro alguém, a única coisa que a preocupava era em estar bem para o outro dia que estava próximo. Palavras saíram da boca dele aquela noite, aquilo a assustou tanto que as quatro da tarde, que foi o horário que estavam acordados, ela não tinha palavras, não porque estava cansada, como disse, mas sim porque seus batimentos não estavam fora do normal, sua vontade era não estar lá. O arrependimento bateu, mas se lembrou de uma promessa feita na ponte, e ao olhar aquele rosto franzido por traz de um óculos grosso e ver que ele talvez pudesse fazer valer, deixou que tudo acontecesse.
O que ele viu foi a