Pilar, quando era menino, em uma manhã de sábado, estava na Rua da Princesa e se decidia onde seria melhor para brincar. Tentando escolher entre o morro ou o campo, acabou achando melhor ir para escola e assim o fez. Acabou escolhendo esta por se lembrar da ultima “sova” que recebera do pai. Sendo assim foi à escola pela lembrança do castigo. Na escola subindo as escadas, com medo do mestre que era muito rígido. Por sorte chegou antes dele, que ainda demorou três ou quatro minutos. Então a aula começou. O pai dele sonhava em ver o filho um comerciante, lendo, escrevendo e fazendo contas. E ele era até um bom aluno, talvez o melhor da classe. Sempre era o primeiro a terminar as atividades. Raimundo era o filho do mestre e por isso era o mais cobrado. No entanto, ele não era muito inteligente e tinha que se esforçar ao máximo para aprender as atividades. E por isso veio falar com o Pilar. Disse que queria falar com ele, mas não podia ser agora. Assim fizeram as atividades e só quando o mestre estava distraído lendo o jornal eles conversavam. Raimundo mostrou uma moeda “prata” que trazia no bolso. Que ganhou em seu aniversario e a ofereceu para Pilar. O menino achou que ele estava brincando, mas quando viu que o menino falava sério aceitou a moeda. O que Raimundo queria em troca era que Pilar ensinasse a lição para ele. Com isso eles fizeram a troca. Com silencio porque tinha o mestre ali na frente que se escutasse iria dar um enorme puxão de orelha. Curvelo, que era um colega mais velho, não parava de olhar para os dois, tendo um sorriso maldoso no rosto. Com a moeda no bolso, Pilar ficou sonhando com o dinheiro, até que o mestre chamou e Raimundo também. A seu lado estava Curvelo. O mestre pediu a moeda e a jogou pela janela. Depois, chamando os meninos de sem-vergonha, os castigou eles com doze “bolos”. Depois disso, Pilar jurou dar uns puxão de orelha em Curvelo. O menino, sumiu depois da aula, e ele não o conseguiu achar.