Continuação..Filosofia como dispositivo a formação social na Eja
Abordar a importância da filosofia na educação de jovens e adultos começa conceituando a própria filosofia.
Neste sentido, por considerar o grande número de autores que discorrem sobre este assunto opta-se por selecionar entre os autores: Gilles Deleuze e Félix Guattari e Marilena Chauí pelo próprio percurso dos mesmos em sinalizar e ampliar a discussão sobre a necessidade do ensino reflexivo filosófico na prática docente.
De acordo com Deleuze e Guattari (1993, p. 10) “a filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos”. A filosofia também é argumentação, para a reflexão de um agir crítico em certas circunstâncias, em outras palavras: sentir-se a vontade para discorrer a questão entre amigos como confidência e confiança; e também frente ao adversário como um exercício de desafio e ao mesmo granjear admiração do amigo e também do inimigo, este lugar seria uma zona de conforto, onde se desdiz o que se disse, como por exemplo, concordar para logo em seguida discordar.
Para Marilena Chauí (2000), o fato de falar com alguém sobre algo que tem um valor simbólico e está convencionado por toda uma cultura, como por exemplo, perguntar as horas espera-se que a resposta seja exata.
Quando se faz a pergunta já se tem em mente que se pode aceitar a resposta como certa, tendo conhecimento que as horas podem ser medidas, em outro exemplo, ela apresenta uma situação na qual não é possível mensurar por meio de medidas concretas: compara o pensamento sobre algo que não se pode medir como crenças e sonhos, este num sentido de aspirar a algo, que poderá acontecer e se tornar real ou não “acredito, portanto, que a realidade existe fora de mim, posso percebê-la e conhecê-la tal como é, saber diferenciar realidade de ilusão” (CHAUÍ, 2000, p. 6).
A capacidade, de pensar e questionar o já estabelecido pela tradição e cultura, instituídos no contexto social por meio da política ideológica nela operante, são percebidas pelos