contextualização do serviço social
O Serviço Social é uma profissão que constrói sua identidade amparada por um projeto político profissional concatenado com as entidades organizativas da categoria, onde se configura pelo caráter sociopolítico, critico e interventivo. Pois o Assistente Social utiliza um instrumental cientifico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas expressões da questão social, com hegemonia da tradição marxista. Por isso para compreender o Serviço Social em sua feição atual implica em retroceder ao passado e situá-lo dentro do processo histórico em que foi inspirado, conduzido e desenvolvido, ou seja, buscar compreender o pensamento e a ação profissional do Serviço Social em sua trajetória suas novas articulações, expressões e redefinições.
Nesse sentido, o Serviço Social vem construindo sua trajetória sem desligar-se do contexto geral da sociedade de sua época, pois a profissão desenvolve-se “[...] nesse contexto da reprodução da sociedade capitalista, sendo que “as sequelas da relação de exploração”, questão social, é “a matéria-prima” e a justificativa da constituição do espaço do Serviço Social na divisão sócio técnica do trabalho e na construção/atribuição da identidade profissional” (YAZBEK, 2009. p.129), sendo resultantes da relação capital X trabalho, e tendo seu processo de institucionalização e legitimação no Brasil datado na constituição do estágio monopolista do modo de produção capitalista.
O movimento processual que possibilitou o amadurecimento e fortalecimento da categoria profissional culminou também na interpretação critica da questão social, defendendo que: O Serviço Social tem na “questão social” a base de sua fundação enquanto especialização do trabalho. “Questão Social” apreendida enquanto o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais social, enquanto a apropriação dos seus frutos