Contextos e percepções de racismo no quotidiano
O racismo é uma inclinação do pensamento, atribuindo muita importância ao conceito de existirem raças humanas “superiores” umas às outras. É portanto um conjunto de ideias pré-concebidas que valorizam diferenças entre os ser humanos.
O problema que o texto procura explicar é a realidade portuguesa face a este problema, tendo em conta o contexto colonial e de expansão assim como a abertura das fronteiras a partir dos anos 80.
Apesar de Portugal, no entanto não ser um país que não tem quase nenhuma expressão a nível politico, que apoie atitudes racistas ou xenófobas (sendo portanto um racismo fragmentado) não deixa de existir movimentos racistas, sendo o mais proeminente os skinheads (nacionalistas, conservadores de extrema direita) tendo sido responsáveis por actos de violência, sendo o mais grave o assassinato de Alcindo Monteiro em 1em Agosto de 1995, no Bairro Alto, em Lisboa, apenas por ser negro.
Através de inquéritos do Eurobarómetro ao longo dos últimos 10 a 15 anos tem mostrado que Portugal apresenta uma mentalidade antiquada e discriminatória em sectores expressivos da nossa população. Os resultados apresentados são contraditórios, apesar de poucos portugueses se considerarem racistas, mais de 40% diz que é uma atitude “muito comum”, muito poucos dizem também não se importam de que os seus filhos tenham amigos de raça diferente, no entanto a maioria não gostaria de viver perto de uma comunidade étnica distinta.
Esta percepção da existência de “raça superior” surge no nosso país através do colonialismo, pelo controlo das populações coloniais difunde-se no Estado Novo através de Gilberto Freyre, mas no entanto era um pensamento luso-tropicalista já muito comum nas elites políticas portuguesas. Neste contexto podemos também relacionar a longa história de discriminação contra a população cigana, devido o seu modo de