Demonstração vs argumentação
- Campo de aplicação:
A demonstração aplica-se nas ciências lógicas dedutivas, ou seja, matemática e lógica. O carácter abstrato destas disciplinas permite que o raciocínio formal se exerça de modo válido independentemente da realidade .
Utiliza-se em áreas modernas de investigação como a robótica, a informática e a inteligência universal.
A argumentação aplica-se a situações concretas da vida. Entra nos domínios das ciências sociais e humanas, ou seja, a economia, a politica e o direito.
Existem casos que não podem ser solucionados pelo rigor da matemática, mas sim por via argumentativa
- Ponto de partida:
A demonstração parte de proposições indiscutíveis independentemente de se tratar de afirmações objectivamente verdadeiras ou hipóteses admitidas por convenção. Os fundamentos a demonstrar subtraem a qualquer tipo de controvérsia.
Na argumentação parte-se de proposições discutíveis. Há que procurar as premissas no campo das verdades comuns, dos princípios, opiniões e valores correntes, naquilo que é tido como verdade pelos interlocutores. Estas “verdades” não são absolutas, são relativas a dados contextos culturais em determinados momentos da história.
- Tipo de Lógica:
A demonstração pressupõe uma lógica formal, bivalente e constringente, na qual uma afirmação se aceita porque é verdadeira, ou se recusa por ser falsa. Nesta lógica dicotómica, parte-se do principio que entre ser e não ser não há meio termo, só se aceita o que estiver em sintonia com os critérios de validade lógica.
A argumentação pressupõe de uma lógica informal, polivalende e flexível. É uma lógica que admite uma série de valores de intensidade variável, porque os argumentos se aplicam a situações com múltiplas alternativas. Na lógica argumentativa ultrapassa-se a dicotomia do verdadeiro e do falso o que faz com que a plausibilidade das premissas autorize uma decisão razoável.
- Tipo de linguagem:
Na