contextos historicos
Em Portugal, o feudalismo começou a ruir no século XIV. Foi uma conseqüência dos descobrimentos.
D. João II ( 1481-1495) e D. Manuel (1495-1521) foram os reis que deram impulso decisivo à grande aventura portuguesa. Em 1497, Vasco da Gama alcança a Índia. Em 1500, Cabral chega ao Brasil. Em 1509 é realizada a primeira viagem dos portugueses a Málaca. A partir de 1516, as naus portuguesas cortam o Mar da China, chegando ao Japão em 1542.
Em conseqüência dos descobrimentos, Portugal passa por transformações políticas e econômicas profundas. Os conflitos entre a nobreza vinculada à terra (decadente) e a burguesia associada às navegações e ao comércio (emergente) se desdobram no plano ideológico e religioso. O teocentrismo (ideologia religiosa) e o antropocentrismo (ideologia laica), duas visões de mundo incompatíveis, coexistirão por algum tempo. As idéias renascentistas trazidas por Sá de Miranda após sua viagem para a Itália (1521), esbarrariam nos mosteiros portugueses.
"O renascimento é uma época contraditória." . Como anota referido autor, o desenvolvimento da ciência, o culto à beleza e à sensualidade não rompe definitivamente com o Cristianismo. Ao contrário, vários artistas imbuídos das novas idéias estéticas passam a representar os elementos pagãos ao lado de motivos cristãos.
Em Portugal, as ciências e as artes são incentivadas. Sob o influxo dos novos ideais, D. João III reforma a Universidade de Coimbra (1537) e funda o Colégio das Artes em Coimbra (1547). Entretanto, a reação da Igreja não demorou. Apoiado pela Coroa, o Santo Ofício passa a censurar as obra literárias e a perseguir os hereges, visando o respeito aos dogmas e ao purismo religioso (1545-1563). Em 1555 o Colégio de Artes foi transformado em centro de formação teológica.
No plano econômico, Portugal começa a sofrer sérios problemas econômicos. Não tem como suportar os investimentos nas colônias. Acaba endividando-se e transferindo para os credores